sábado, 28 de março de 2020

CORONA VIRUS - COVID-19


Hoje, 28/03/2020 me encontro a 10 dias de quarentena por conta das recomendações da OMS para evitar o contágio.
Semelhante a outras pandemias, essa segue matando a população, considerada de risco (idosos de +60 anos) e eu me incluo, também nos países europeus que detém a população mais suscetível a contrair a doença. 
Vemos a todo instante, nos noticiários de tv, internet, etc. a tentativa de alguns jornalistas de esquerda, atacar o governo do Presidente Bolsonaro. Alegam:  demora no repasse de recursos aos estados e municípios; de recomendações do próprio presidente em uma quarentena vertical, onde os mais jovens voltem ao trabalho, para evitar um colapso da economia, etc. Porém, não divulgam os casos em que pacientes que estavam em UTI's ficaram totalmente livres do vírus, comemorando com as equipes médicas. Esses fatos não  colaboram com seus intentos de prejudicar ainda mais, o esforço dos ministros do governo, em minimizar os efeitos da crise. Não, preferem o caos na população!
Mas, espero que Deus seja misericordioso com todos, independente de siglas partidárias, e que possamos sair dessa situação melhores, em termos de humanidade, do que começamos!
Assim espero em DEUS! 

 

Pausa nas postagens de Memórias....


...Esse foi o ano que mais aprendi sobre o amor...
Eu tive que partir de gente que eu amei, por amor à mim...
Tive que me escolher, mesmo amando alguém...
Porque aprendi que amar não é o suficiente...
Precisa fazer bem. Ciclos se encerram, pessoas se vão...
...mas a gente permanece. 
Sempre!

sexta-feira, 13 de março de 2020

Memorias??? - Parte 3


Nessa minha vida de músico, que durou até 1986, quando deixei a Big Banda Show, fiz várias viagens por Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Bahia.

Numa dessas viagens, lembro de uma que fomos até a hidrelétrica de Sobradinho na Bahia, na semana de sua inauguração. Fizemos tocatas na sexta, sábado e domingo, na cidade recém construída para a população que iria trabalhar na usina. Foi uma aventura.

Saímos de Maceió as 10h da manhã de sexta-feira, para tocar à noite.
Viajamos em ônibus fretado, sem ar condicionado, disputando dentro dele, espaço com os instrumentos. O calor era insuportável. Chegamos em Sobradinho, por volta das 3h da tarde, cansados, com fome, sujos de poeira. O baile começou as 23h indo até as 05h da manhã.

Nesta foto, estamos numa das paradas na estrada. Essa foi na entrada de Paulo Afonso-BA

Nesta outra, já estamos em Sobradinho. Uma foto para a posteridade depois da aventura na estrada.



Depois dos três bailes em Sobradinho, voltamos para Maceió, sem dormir em lugar nenhum, ou melhor, dormimos dentro do ônibus porque em Maceió, estava marcada para aquela noite de segunda-feira, uma apresentação na praça dos Martírios, em frente ao palácio do Governo. Não me lembro se foi feriado neste dia, e qual motivo da nossa apresentação.

A semana que começava, estava marcada por grandes tocatas. Eram festas de debutantes (comuns naquela época) festa de aniversário dos clubes.
 


segunda-feira, 9 de março de 2020

Memórias???? - Parte - 1





Parte - 1

Hoje, 03 de março de 2020, faltando menos de dois meses para meus 66 anos, começo a relembrar fatos e fotos de minha trajetória de vida. Não escolhi o título. Talvez Memórias, ou quem sabe O que Fui e o Que Sou... sei lá, depois vocês me sugerem qual título ficaria melhor. 

Nesta minha narrativa vou falar em datas pontuais em alguns momentos, porque a memória seletiva não favorece em alguns deles, recordar. São fatos que até hoje guardo na memória e que nessa altura da vida, quis eternizar. Não vejam como melancolia, mas sim recordações de uma vida que pra mim valeu muito ter vivido. Não me arrependo de nada. Foram experiências que tive com uma única orientação: o  livre arbítrio dado por Deus.

Começo lembrando minha infância, na rua Dias Cabral, no Centro de nossa cidade. Nossa casa, de número 190 (hoje funciona um restaurante/galeteria) ficava vizinha à casa do Sr. Pedro Suruagy, pai de Divaldo Suruagy, que começava sua carreira política como vereador por Maceió. Era um entra e sai de pessoas, a procura de favores de candidato.

Em frente a nossa casa, morava meu amigo de tantas aventuras de criança Toinho, ou Antonio Teixeira Cavalcante Filho, que mais tarde após a conclusão do curso de Direito, se tornaria delegado de polícia.
Nesta rua moraram vários outros amigos, que ao longo dos anos, alcançaram cargos de destaque em nossa sociedade. Seria indelicado falar em todos, cometeria uma gafe esquecendo de alguém, por isso me detenho nestes que já citei.

Dessa época, lembro do mundial de futebol de 1962, quando o Brasil foi Bi-Campeão, pois meu pai, Volney Cavalcanti Leite, chegou em nossa casa com seus amigos, comemorando o título. Foi marcante pra mim que nunca tinha visto aquele tipo de comemoração:- Campeão Mundial de Futebol? O que era isso? - Eu tinha 8 anos!!

Por influencia de meu pai, comecei a frequentar o Teatro Deodoro, onde ele encenava peças de sua autoria (História de João Grilo, etc), e de outros autores. Chequei até a participar de algumas. Pequeno como era, não podia assistir a determinados espetáculos, por conta da censura. Mas, determinado, passava por baixo do portão lateral do Teatro e me escondia no 1º. Andar para assistir, por exemplo, ao Strip-tease da vedete Iris Bruzzi que vinha pela primeira vez a nossa cidade. Nunca fui descoberto pelo lanterninha.


Resultado de imagem para fotos da vedete iris bruzzi

 Iris Bruzzi

  Em 1966, nasceu meu irmão caçula Cid Ney (somos 5 filhos de Volney e Marlene), Nadja Naira Alves Leite, Mara Lucia Alves Leite e Rose Mary Alves Leite.


Me vem a lembrança, a União Beneficente Portuguesa, ou simplesmente "Portuguesa", com suas grandes festas de carnaval, comandada pela Orquestra de Fausto & Passinha. Também o show dos Pholhas que esteve pela primeira vez em Maceió, no auge da fama (ficamos maravilhados com todo aquele instrumental trazido por eles, e com Helio Santisteban, a principal voz do grupo).


 Foto de uma das festas da "Portuguesa", com Djavan de pé ao fundo. Eu estou embaixo, entre dois amigos.

Moramos na rua Dias Cabral até mais ou menos 1966, quando nos mudamos para o bairro do Prado, para a Av. Roberto Pontes Lima, vizinho ao Quartel da Policia Militar. 

Nesta rua presenciamos um fato triste. A morte do militar Coronel Adauto. Nossa casa tinha como quintal, o campo de futebol do quartel. Na noite anterior ao assassinato, o soldado Borges, estava como sentinela. Com um pé machucado, usava uma sandália japonesa e no outro o coturno. Este fato gerou na manhã seguinte, uma discussão entre os dois, que foi o motivo do assassinato.

Outros fatos se seguiram em minha vida neste bairro. Os Bingos que eram realizados no terreno onde seria construido o Trapichão, ou, Estádio Rei Pelé. 

Uma lembrança especial foi quando despertei para o namoro. Minha primeira namorada ainda lembro seu nome: Fátima que me deixou meses após nosso primeiro encontro, indo morar com a família em Aracaju, Sergipe.

Nesse período, conheci José Carlos Campos, radialista que morava no bairro e que me convidou para conhecer as boates do Iate Clube Pajuçara, aos sábados. 

Me encantei com o clube porque era de Elite e eu, menino de classe média, não podia frequentar por não ser associado. No clube, aos sábados, tocava o Grupo Seis, formado por acadêmicos universitários, motivo de orgulho do Comodoro do Clube Pedro Barbosa. 

No grupo conheci Alano - guitarra base, Antenor - baterista, que depois foi substituído por Carlos Bala, (sim o mesmo que tocou com Djavan). Tinha também o fantástico João Pinheiro - exímio guitarrista, Ademir (Ling-Ling) no contrabaixo, e na guitarra-solo o Bolinha (não me recordo seu verdadeiro nome). Como Crooner a voz inconfundível do Wilson Protazio - ele mesmo, o Procurador de Justiça e proprietário do Canil Castelo de Prata - de Pastor Alemão.

Como frequentava as boates, todos os sábados, fiz amizade com os músicos do grupo 6 e comecei a controlar o "jogo de luzes", depois como percussionista, convidado pelo baterista Antenor que gostava do meu ritmo colocado nas músicas. Foi uma época mágica vendo os “cobras” tocarem. 

Até hoje, guardo na memória as músicas que faziam sucesso, que iam desde Bee Gees, Afrodite Child, Beatles, Classics IV, Bread, passando pela Banda Doobie Brothers com a eterna Listen to the Music, e outras que no momento me foge a lembrança.

 Continua na Parte - 2

Parte - 2 Memórias????


Parte – 2

Foram anos intensos em minha vida. Alguns fatos surgiram por conta da imaturidade da juventude. Tinha pressa de viver aquilo tudo que a juventude me proporcionava. Mas como já disse, não me arrependo de nada!

Estudei em escolas e colégios que me deram base educacional que hoje em dia não temos mais. Colégio Estadual de Alagoas, localizado no centro da cidade (o prédio depois abrigou por muitos anos a Secretaria de Educação do Estado) está em ruínas e sendo demolido. Também estudei no Colégio Guido de Fontgaland, onde integrei a banda Os Caetés, a convite de seu cantor Pitanga (não pagava a mensalidade se participasse da banda). No colégio conheci um dos maiores educadores do século passado: o Padre Teofanes Augusto de Araújo Barros, que fundou também a faculdade do Cesmac.

Nessa época, casei pela primeira vez (1973) Tivemos 2 filhos.

Por conta de minhas apresentações na banda Os Caetés, fui convidado a fazer parte de outras bandas famosas. Uma dessas bandas foi a Embalo 5, formada por: Zé Barros (guitarra solo), Messias Gancho (Contra-baixo), Robson (bateria) Romildo (que não aparece na foto), tocava teclados, e Eu, Volney como Crooner..

                                Foto da banda Embalo 5 em festa no Clube Fenix Alagoana.


Também recebi convites de apresentação na recém inaugurada Tv Gazeta, no programa de Luiz Tojal, Sábado Sete Show, Banda Embalo 5.


 Na foto acima, Banda Embalo 5 - Robson (bateria), Zé Barros (guitarra) EU,e Gancho (contrabaixo). De óculos (não lembro o nome, era o dono) Percussão "Fuleragem".

            Uma das primeiras apresentações na Tv Gazeta. Veja a quantidade de luzes na câmera!!!

Daí por diante, minha vida de músico cresceu. Conheci cidades do interior de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Bahia. Numa dessas apresentações em Piri-Piri em Salvador, fui convidado a fazer parte de uma banda da cidade, foram poucos meses por conta da distância de Maceió.

Ah! me recordo de um fato marcante enquanto participava do Grupo Seis. Numa manhã de sábado, o ensaio do grupo já havia começado quando chega o Djavan. Veio comunicar aos seus amigos que estava indo embora de Maceió para o Rio de Janeiro. Todos ficaram parados, olhando para ele com admiração pela coragem, de largar tudo e ir em busca de seu sonho. Ele conseguiu!!

Muitos pensavam que existisse uma rivalidade entre o Grupo 6 e o LSD. Rivalidade existia entre os sócios do CRB e o Iate Clube, que achavam suas bandas, uma melhor que a outra. No fundo eram todos músicos amigos!

Aqui, Djavan no intervalo de boate, no LSD. - Estou sentado lá atrás, lado direito.

Numa tarde de ensaio com os Diamantes, recebemos a visita de um dos músicos e um convite para integrar a orquestra Big Banda Show, do maestro Ivanildo Rafael, como Crooner. Na época a melhor orquestra de bailes de Alagoas.

Na foto, a Orquestra Big Banda Show completa. Está gasta pelo tempo, mas com um pouco de esforço, dá pra identificar os músicos.


Fui meio tímido conhecer, primeiro pela autoridade do Maestro: capitão do exército brasileiro, e ter fama de exigente com seus músicos. Também porque a orquestra tinha um instrumental que eu nem sonhava em ver. Eram metais (sax, piston, trombone) que davam as músicas uma autenticidade fabulosa, principalmente nas músicas que pediam estes instrumentos, além de vários equipamentos que outras bandas ainda não possuíam, como câmara de Eco, Reverberadores, Pedais para guitarra, etc.  Além de microfones Shure, importados, - Sonhava em cantar num destes.


Nesta foto abaixo, em primeiro plano, Giuseppe, nos teclados, eu cantando com o rosto de lado, Ailton Cruz (birrada) na percussão, Gancho no baixo, Rivaldo na bateria, e os metais ao fundo.  Big Banda Show
.

Quando chegava fevereiro, começavam as festas de carnaval, no Iate Clube Pajuçara e também no Clube Fenix Alagoana. Era o maior sucesso, a orquestra se transformava, crescia em instrumentistas e vocalistas, os salões sempre lotados demonstravam o sucesso que fazíamos, ano após ano.

Nesta foto, os 3 cantores da Big Banda Show, tanto em bailes ou carnavais! = EU, Marília e Israel.

Anos 80, casei pela 2ª. vez. Tivemos 3 filhos.

Me formei em Psicologia pelo Cesmac, no dia 08 de agosto de 1980. Neste ano e na década de 90, já havia a necessidade de sobrevivência. A procura de novos desafios. E eles surgiram fora da música. Fui me encontrar como professor de psicologia, no próprio Cesmac, onde lecionei de 1994 a 2011, 17 anos.

No ano de 2002, casei pela 3ª. vez. Tivemos dois filhos (um casal).

Também em 2002 meu pai faleceu por complicações após cirurgia de ponte de safena aos 72 anos.
  Meu Pai Volney Cavalcanti Leite

Outra grande perda em minha vida: a morte de meu terceiro filho do 2º. casamento, Bruno Angelis, aos 26 anos, vítima de enfarto. Hoje é 4 de março de 2020, 7 anos de sua partida. São grandes as recordações de tudo que vivemos juntos, as preocupações com sua saúde, enfim...

                                  Nesta foto, Bruno Angelis - época que morou na França/Paris

                                                                      Vida que segue...


Continua Parte -3

Foto do almoço das comemorações dos 70 anos

Esta foto é do dia 1º de maio de 2024. Filhos, filha, nora, neta. no almoço.