quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Que o Ano Novo seja Abençoado por Deus!

Começo, depois de alguns meses, a escrever novamente neste blog.
Hoje trago para vocês, um texto de autor desconhecido, que achei perfeito. Um texto que eu quisera ter escrito um dia, para todos os meus filhos.  Acompanhem a leitura:

AMADO FILHO
O dia em que este velho não for mais o mesmo, tenha paciência e me compreendas.
Quando derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e lembra-te das horas em que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversares comigo, eu repetir as mesmas histórias, que sabes de sobra como terminam, não me interrompas e me escute. Quando eras pequeno, para que dormisses, tive que contar milhares de vezes a mesma história até que fechasses os olhinhos.
Quando me vires inútil e ignorante na frente de novas tecnologias que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário, e que não me machuques com um sorriso sarcástico. Lembra-te que fui eu quem te ensinou tantas coisas. Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem como hoje o fazes. Isso é resultado do meu esforço da minha perseverança.
Também compreendas que com o tempo não terei dentes fortes, e nem agilidade para engolir. E quando minhas pernas falharem por estar tão cansado, e eu já não conseguir mais me equilibrar... Com ternura, dá-me tua mão para me apoiar, como eu o fiz quando tu começastes a caminhar com tuas perninhas tão frágeis.
E se algum dia me ouvires dizer que não quero mais viver, não te aborreças comigo.
Algum dia entenderás que isto não tem a ver com teu carinho ou com o quanto te amo. Compreendas que é difícil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo, e que é duro admitir que já não tenho mais o vigor para correr ao teu lado, ou para tomá-lo em meus braços, como antes. Sempre quis o melhor para ti e sempre me esforcei para que teu mundo fosse mais confortável, mais belo, mais florido. E até quando me for, construirei para ti outra rota em outro tempo, mas estarei sempre contigo e zelando por ti.


terça-feira, 25 de junho de 2013

Saudações a todos! - Hoje, resolvi reproduzir texto de um colega psicologo.

Adeus ao pão e o circo


Armando Correa de Siqueira Neto*
O império romano, famoso por sua história singular, também mereceu destaque pela astúcia demonstrada no controle da população, utilizando-se da política do pão e circo (panis et circenses) para desviar a atenção popular das questões sociais de suma importância. Considerável número de dias era reservado aos espetáculos de corridas e lutas, além do pão que era distribuído. Assim, a cabeça ficava à mercê da distração ao invés de manter-se ocupada com a reflexão, sobretudo a política. O modelo de entorpecimento da massa resistiu ao tempo - diferentemente de tantas obras filosóficas que se perderam no pó do esquecimento – e chegou às culturas contemporâneas. A propósito, o Brasil mostrou-se bastante afeito ao jeitinho “inebriar para sossegar”, valendo-se especialmente do carnaval e do futebol.
Foi assim que muita falcatrua política caiu no esquecimento dos eleitores. Lembra-se? Vale a pena ver de novo: “Escândalo dos Correios” (2005); “Mensalão” (2005/2006); “Dólar na cueca” (2005); “Operação Dominó” (2006); “Caso Renan Calheiros” (2007); “Escândalo dos cartões corporativos” (2008) e “Operação Satiagraha” (2008/2009). Há inúmeros outros casos (poder-se-ia citar até o rombo do Banco do Brasil em 1821, quando D. João VI retornou a Portugal com algum no bolso), mas a idéia aqui foi a de mostrar que eventos considerados recentes escapam à consciência com extrema facilidade, e que apenas o pão e o circo conseguem turvar a claridade que sempre penetrou através de frestas e quase nunca por meio da janela totalmente aberta. Fotofobia moral?
Mas como tudo tem começo, meio e fim, assim também sucedeu ao tal jeitinho entorpecedor brasileiro. O seu encerramento, no entanto, não se deveu à melhora evolutiva na política. Não. Houve piora. Logo, é devido dizer adeus ao pão e o circo, que foram engolidos, sem qualquer esboço de reação, por uma nova e ainda mais eficaz maneira de atordoar os adeptos da autoilusão política. Trata-se da substituição de um escândalo por outro de modo contínuo e incessante. Ou seja, não há intervalo suficiente nem para piscar os olhos. Em suma, o show tem que continuar. E continua. As falcatruas vicejam. São safras abundantes. Mal dá para acompanhar as colheitas. Então, a zonzeira finca a estaca e permanece nos campos mentais sem dar o menor sinal de despedida. Porquanto emerge uma questão crucial para completar o cenário aqui descrito: Quem faz o papel de espantalho, cuja serventia há tempos inexiste tanto para os corvos quanto os maliciosos urubus?
*Armando Correa de Siqueira Neto é psicólogo (CRP 06/69637) e diretor da Self Consultoria em Gestão de Pessoas. É professor e mestre em Liderança pela Unisa 
Vamos refletir sobre tudo o que acontece no Brasil.

sexta-feira, 8 de março de 2013

"Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus, eu ainda possuo".

"Minha preocupação não é se Deus está ao nosso lado; minha maior preocupação é estar ao lado de Deus, porque Deus é sempre certo. 
Minhas imperfeições e fracassos são como uma bênção de Deus - assim como meus sucessos e meus talentos - e eu coloco ambos a seus pés.
Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus, eu ainda possuo.
Deus não nos exige que tenhamos sucesso; ele apenas exige que tenhamos fé".
  
(Abraham Lincoln)

Estas palavras de Abraham Lincoln, postei algum tempo atrás neste Blog. Nunca pensei que retornaria um dia e, relendo neste momento de dor, teria a certeza de que Deus nos mostra a todo o instante, que ele é o nosso Pai Todo Poderoso, e que devemos Nele procurar consolo para nossas aflições, nossas dores, nossas perdas. 

Não tenho palavras para descrever o quanto esta sendo doloroso para mim, a maneira brusca, inesperada, na semana de sua formatura em Administração, da morte de meu filho Bruno Angelis, nesta segunda-feira (04/03/2013). 

Quando criamos nossos filhos, pensamos em vê-los crescidos, encaminhados na vida, participando de sua colação de grau universitário, etc. Nunca imaginamos que um dia passaríamos por esta dor. Perder um filho é como ter um pedaço de seu corpo arrancado a força, brusca e dolorosamente.

Bruninho é para mim e para todos que tiveram o privilégio de conviver nesta terra, um ser iluminado que irradiava sua alegria a todos ao seu redor. Por conta de suas limitações impostas por uma enfermidade, muitas foram as vezes que ouvíamos algum médico falar: "Você não pode fazer isso, não pode fazer aquilo..." e ele na sua simplicidade, na sua certeza, fazia tudo ao contrário: Foi um excelente surfista, skatista, motoqueiro.

Aos que aqui ficam,  a certeza de que Bruninho viveu como "ele" queria. Experimentando tudo que lhe dava prazer e liberdade. Como escreveu sua prima Arlene, "ele surfou grandes ondas em busca de liberdade". Ele finalmente está livre, na presença de Deus Pai Nosso Senhor Jesus Cristo.

Foto do almoço das comemorações dos 70 anos

Esta foto é do dia 1º de maio de 2024. Filhos, filha, nora, neta. no almoço.